domingo, 24 de abril de 2016

Brasil lança novo esporte olímpico: cusparada à distância.









O Brasil, esse país de triste memória, acaba de criar uma nova modalidade esportiva: a cusparada à distância.
O pioneiro foi o deputado Jean Wyllys, ao devolver uma provocação do insano fascista Bolsonaro com uma cusparada. Bolsonaro é uma das mais nefastas criaturas que a política brasileira já produziu. No entanto, a cusparada só o coloca em evidência e mostra que, o cuspidor, Jean, não tem melhor argumento ou humor para enfrentar o provocador. Aliás, Jean cospe e sai em passos ligeirinhos na direção contrária daquela em que está o Bolsonaro. Não seria o caso de pelo menos avançar contra o oponente? Fugiu de qualquer argumentação e fugiu ao não encarar o adversário.
Agora, um ator – dito “global” – José de Abreu – assumindo-se como um discípulo de Jean Wyllys, largou cusparada ao ser criticado em público num restaurante. Também nesse caso, o ator Abreu, deu mostra de não ter outro argumento que não seja o seu catarro. Ao ser ofendido, não argumentou.  Chamou o seu agressor de coxinha e disparou o cuspe.
Não é de surpreender que esses dois casos lamentáveis possam ser considerados exemplares do nível intelectual e político de certos “debates” na cena brasileira.
E exemplares por vários motivos. Envolvem um notório provocador fascista, um deputado que cospe em outro em plena câmara, um suposto ator e um desconhecido que não consegue conviver com um petista no mesmo restaurante.
A meu ver, está tudo errado.
Mas faz sentido.
Vejam o presidente do PT, dito Rui Falcão, que repete há meses que todas as contas do partido foram declaradas à justiça etc., quando a questão não é essa. O que se exige dele é que explique de onde veio essa generosidade financeira.
Além disso, é bom lembrar certo Aristides Santos, da Contag, em pleno palácio do governo e diante da presidente, ameaçando ocupar propriedades, gabinetes e instituições, colocando em armas os seus comandados, que todos imaginávamos serem apenas agricultores sem terra. Seriam agora parte de um exército que iria às ruas caso o legislativo e o judiciário decidissem contra sua vontade? Não seria isso um clássico golpe?
E lembremos a própria Dilma Rousseff, a criatura mais desgovernada desse país. Entre os seus “malfeitos”, está o mantra de que está sendo vítima de um golpe em curso no país.
Mais um delírio dessa senhora e de seus fieis seguidores. Não há golpe algum. O que há é ausência de qualquer argumento razoável por parte dela e do PT. Se explicassem a origem do dinheiro que Vacari carregava naquelas mochilas e os dólares que um outro carregava na cueca etc., ninguém chatearia mais o Rui Falcão com perguntas constrangedoras.
No entanto, Dilma, além de repetir obcessivamente, como uma discípula de Joseph Goebbels, que “não vai haver golpe”, agora pretendeu largar falação nos EUA para anunciar ao mundo que está havendo uma ameaça à democracia no Brasil. Contida por assessores, desistiu de seu delírio maior, que seria falar em golpe na cerimônia da ONU, mas arrumou audiência de jornalistas do mundo todo para alardear seu bordão infeliz.
Ao voltar ao país, reassume o posto de presidente sem que o vice ou as forças armadas a chutem do palácio, como aconteceria no caso de estar havendo um golpe. Mas dispara pedidos de socorro às combalidas forças de países vizinhos, aqueles do Mercosul, sobretudo Venezuela, Bolívia etc.
Deveremos nos prevenir contra uma invasão do Brasil pela poderosa marinha boliviana?
Bom, nenhum país deu eco aos lamentos de Dilma.
Todo mundo sabe o que o PT fez e o que Dilma fez. E todo mundo sabe que está em processo no Brasil um processo legítimo de impeachment obediente à constituição e às leis e aos poderes legislativo e judiciário. O país poucas vezes viveu um período de tão ampla e irrestrita democracia – e não por concessão de algum partido ou poder central, mas por imposição direta da população desde 2013.
Só a Dilma não sabe disso. Só ela e o José de Abreu. Só ela, o José de Abreu e o Bolsonaro, que é um provocador cínico. Só ela e o sujeito que atacou o ator no restaurante; esse sujeito deveria saber que numa democracia os lugares públicos devem ser divididos mesmo com adversários. Só ela e o Rui Falcão, que, diante de qualquer novo questionamento irá repetir que já declarou tudo e que nada tem a declarar, olhando para a nossa cara como se fôssemos imbecis.
Aliás, era assim que reagia o autoritário e arrogante senhor Armando Falcão, xará de sobrenome do Rui do PT, durante os anos da ditadura: “nada a declarar”, rosnava ele.
Eis a entalada em que nos meteram todos esses personagens. Quando tudo de que precisamos é repensar esse triste país e colocar a casa em ordem e em paz.









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