quarta-feira, 20 de abril de 2011

Pequeno manual para entender capitalismos e comunismos


O mundinho em que vivemos anda incompreensível.
Dou exemplos. Em Cuba, tida e havida como socialista e comunista, a presidência do partidão foi  passada do Castro, Fidel, para o Castro, Raul, no melhor estilo imperial.  Comenta-se que está em estudo no país do Caribe a liberação dos habitantes para gerirem pequenos negócios, fazerem comércio e mesmo – vejam só que decadência burguesa! – venderem suas propriedades, como casas e terrenos, sem a autorização direta do governo.
Lembra o tempo dos Luízes franceses, que concediam licenças aos comerciantes para se estabelecerem em pequenos quiosques nas pontes de Paris.
Enquanto isso, a Lamborghini anuncia que espera vender mais carros de luxo na China – país dito República Popular e mencionado como socialista – do que nos EUA. A máquina custa algo em torno de dois milhões de reais, se comprada no Brasil, e cerca de 260 mil euros na Europa.
A China, como se sabe, não é um modelo em termos de direitos humanos e políticos, o que não impede que democratas dos EUA e esquerdistas de outros recantos a apontem como exemplo a seguir.
Mundinho estranho. Não é sem motivo que um amigo meu costume suspirar no meio de nossas conversas:
- Ah, que saudades do tempo em que esquerda era esquerda, direita era direita, capitalistas eram capitalistas, comunistas eram comunistas, democratas eram democratas! Eu era feliz e não sabia!

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