terça-feira, 15 de março de 2011

Como previ, Mangueira é campeã.


Meu querido amigo André Sefrin, emérito sabedor de literaturas e de cultura carioca, escreveu um comentário ao post que fiz no dia 8 de março, sobre a Mangueira. Ele é Portela, no que faz muito bem. E escreveu:

“Roberto, o Guilherme de Brito na sombra – são as intermitentes injustiças do mundo da arte... E como disse há poucos dias o agudo Aldir Blanc sobre a conservadora Beija Flor e a gloriosa Mangueira: esse tal de Roberto Carlos Braga, com seus shows de Natal na Rede Globo, não chega nem aos chinelos de Nelson Cavaquinho.”

Falou e disse, como se dizia e falava nos tempos do Pasquim. Estou com o Aldir. Roberto Carlos é representante de um sentimentalismo piedoso e demagógico, essa coisa molóide e piegas, com suas “emoções” – porque não experimenta pensar vez por outra? – repetitivas e chatinhas. Seus herdeiros são esses inúteis sertanejos – não confundir com música caipira, que é ótima – esses jecas que macaqueiam o country americano, essas duplas cantando em terças miúdas e estridentes as dores de corno mais cafonas.

Mas nem tudo está perdido. O André Seffrin descobriu dia desses que mora na casa em que viveu e compôs – nos anos 40 e 50 – um dos craques da música brasileira, Jair Amorim, que formou com Evaldo Gouveia uma parceria notável, responsável por clássicos de nossa cultura musical. Por isso o André vai colocar uma placa no quintal de sua casa, registrando: “Aqui morou Jair Amorim, autor de “O Conde”, entre outras obras-primas da música brasileira”.

E, para o prazer dos leitores, aí vai o vídeo do clássico “O Conde”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, na interpretação do sacudido e competente Jair Rodrigues.


Nenhum comentário:

Postar um comentário