Como todos sabem, no momento uma equipe numerosa de redatores
está produzindo a toque de caixa novos “romances” “Cinquenta tons de...”. Tentando colaborar com
essa série, que é uma espécie de sadomasoquismo para dondocas mimadas e frequentadoras
de shoppings com carência sexual, forneço aqui alguns títulos e argumentos que
poderão ser explorados livremente. Os redatores podem usar e abusar. Abusar,
entenderam?
Lá vai:
Título: Cinquenta e um
tons de caninha da boa
Argumento: Um não-intelectual de
meia idade seduz uma dondoca de família tradicional e faz com que ela abandone
a champanhe francesa pelos prazeres da caninha da boa. Ela sofre pacas, mas,
como o livro é de sadomasoquismo, sente imenso prazer.
Titulo: Cinquenta tons
de manchas cinzas
Argumento: Jovenzinha de tradicional
família é atraída para um motel por um lutador de jiu-jitsu. Após ser coberta
de tapas e beijos desferidos pelo seu raptor, ela aparece no shopping coberta
de manchas cinza, deixando as amigas atônitas. Daí resultou o look fashion da
coleção “Cinza e feliz”. O máximo!
Título: Cinquenta tons
de tintura cinza para cabelos rebeldes
Argumento: Orientada pelo seu
namorado, o sub-intelectual milionário Revolt Bill, a dondoca boboca deixa de pintar
os cabelos. O cinza tomou conta de sua cabeça em tons diversos. A dondoca sofreu
muito. Mas, tratando-se de sadomasoquismo etc., também gozou muito.
Título: Cinquenta tons
de uma vida sexual desinteressante
Argumento: Jovem senhora,
voltando de férias em Cancun, é obrigada por assaltantes contratados pelo
bilionário intelectual McGranna, a assistir dez horas de filmagens dos melhores
momentos de sua vida sexual. Todos, exceto a jovem senhora, dormem depois de
quinze minutos de projeção. Ela, acordada, sofre. Mas goza.
Título: Cinquenta tons
de massa cinzenta sem uso
Argumento: Jovem moçoila se
esforça, mas não consegue entender o que o multibilionário intelectual que
encontrou por acaso lhe explica sobre Wittgenstein. É quando ela exclama: “Não
entendo nada! Que sofrimento!” E ele: “Chegamos onde eu queria...”
Em tempo: quem quiser saborear literatura
erótica de primeira, leia os livros de Hilda Hilst. Quem quiser safadeza da
grossa e divertida, leia Adelaide Carraro. Sem falar no pai de todos, Marquês de Sade. O resto é cinza.
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